sexta-feira, 3 de agosto de 2012

REFLEXÃO SOBRE A HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA

HISTÓRIA DA PSIQUIATRIA

 Nau dos insensatos

Introdução:

Foi através da sociedade grega, há cerca de 600 anos antes de Cristo, que se obtiveram os primeiros relatos sobre a loucura, pois faziam uma leitura da realidade para construir o pensamento, organizando-se em categorias, criaram a medicina no âmbito do saber, reconhecendo as doenças do homem como sendo próprias do homem e não do divino, como até então se pensava ser5.
   Com a entrada do Cristianismo surge uma outra forma de ver a loucura. Com o rompimento entre o místico e o racional, paulatinamente, a loucura vai se afastando do seu papel de portadora da verdade e vai se encaminhando em uma direção completamente oposta. A loucura já não é mais porta-voz da verdade divina e em pouco tempo passará a ocupar o lugar de representante simbólico do mal5.
    Na Idade Média, sai o leproso entra o louco, encarnando o mal e representando o castigo divino, a lepra se espalha rapidamente causando pavor e sentenciando seus portadores à exclusão. Entretanto, com o fim das Cruzadas e a ruptura com os focos orientais de infecção, a lepra retira-se, deixando aberto um espaço que vai reivindicar um novo representante. 
     Alguns séculos depois, essas estruturas de exclusão social passam a ser ocupados pela figura do louco. Portanto nesta época, a loucura encontrava-se no “não lugar”, não pertencia à religião e nem ao saber, não havia uma classe que detinham um conhecimento da loucura5.
    No final da Idade Média retoma-se o princípio da Racionalidade, o Iluminismo é a retomada da consciência do pensamento grego, é a separação entre a produção de conhecimento e a fé. 
      O século XVIII vem definitivamente marcar a apreensão do fenômeno da loucura como objeto do saber médico, caracterizando-o como doença mental e, portanto, passível de cura. É o século das Luzes, onde a razão ocupa um lugar de destaque, pois é através dela que o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade. Foi necessária a criação de um espaço que recolhesse das ruas aqueles que ameaçavam a paz e a ordem sociais (marginais, prostitutas, idosos, doentes, Loucos), surgindo assim os Hospitais Gerais5.
           Philippe Pinel vê a loucura como uma doença, que precisa de uma sistematização de conhecimento para ser tratada. Cria-se uma categoria de especialidade médica, a Psiquiatria, e junto nascem os primeiros Manicômios com a finalidade de segregar para um possível tratamento5.
            Pinel é o primeiro representante do médico psiquiatra, com um tratamento moral, ou seja, buscava a mudança de comportamento, não queria saber a causa da loucura mais sim transformá-la em objeto de discurso da razão, pensamento ordenado, trazer para a ordem da razão. Ele tira os loucos das ruas, da sua liberdade, para serem confinados nos manicômios. A história da loucura começa da sociedade Grega e vai até o século XVIII, e daí por diante começa a história da psiquiatria, que foi uma criação de Pinel1.
     A partir dessa nova forma de vivenciar a condição humana, estabeleceu-se “o diferente”, aquele que não segue o padrão de comportamento que a sociedade define. O doente mental, o excluído do convívio dos iguais, dos ditos normais, foi então afastado dos donos da razão, dos produtivos e dos que não ameaçavam a sociedade. Tratar do doente mental foi então sinal de exclusão, reclusão e asilamento3.
A evolução da psiquiatria é uma parte da evolução da civilização, e sua história teve início quando se tentou aliviar o sofrimento de um “homem”, através do saber médico psiquiátrico. A psiquiatria se apresenta como resultado do amplo processo histórico da progressiva dominação da “loucura” pela razão, o que culminou na sua transformação em doença mental2.
        Historicamente, o hospital psiquiátrico assumiu a conotação de “espaço de tratamento” aos chamados loucos, os quais, reclusos nessas instituições, eram submetidos aos mais diversos tipos de violência (repressão, maus-tratos, negligência), resultando na negação de sua condição de sujeito1.
        “Manicômio é sinônimo de um certo olhar, de um certo conceito, de um certo gesto que classifica desclassificando, que inclui excluindo, que nomeia desmerecendo, que vê sem olhar”1.

Desenvolvimento:

            A Psiquiatria como ciência:

    Os Hospitais transformam-se em instituições médicas pela ação da disciplina e da organização dos médicos.
       Em 1793, Pinel assume a direção de uma instituição pública de beneficência, fundando o primeiro hospital psiquiátrico da história. A doença mental para Pinel é um problema de ordem moral e seu tratamento é através do isolamento e observação de sintomas, ele então cria três blocos de classificação clínica:

- Nosografia: Classificação das doenças através do comportamento.
- Nosologia: Descrição das doenças, forma como o comportamento se expressa.
- Psicopatologia: Alterações das funções mentais.  
  
      O doente mental é para a ciência objeto de saber, discurso e prática, é o primeiro e mais importante passo histórico para o início dos tratamentos nos hospitais que deixam de ser sociais e filantrópicos.
   Com a Revolução Francesa, surgem as primeiras críticas ao caráter fechado dos Hospitais Psiquiátricos. A Revolução Francesa traz o conceito de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.       
       Há então a necessidade de criar um modelo de tratamento dentro da tradição Pineliana, surge a Colônia de Alienados.
     Neste contexto o doente mental permanecia internado, mas em um regime de portas abertas para uma maior liberdade, o tratamento consistia no resgate da razão através da “ilusão de liberdade”.
      As colônias atualizavam o compromisso da psiquiatria com a realidade do contexto sócio histórico da época, ampliando a importância da psiquiatria perante a sociedade e neutralizado as críticas feitas ao hospital tradicional. No entanto no decorrer dos anos, as colônias não se diferenciarão dos asilos pinelianos.


   Em 1870, o médico Sigmund Freud, entra na Psiquiatria observando as teorias de Charcot, médico francês que desenvolveu a teoria da hipnose. Após muito observar os métodos de Charcot, Freud questiona o motivo pelo qual, as pessoas não se curavam com o tratamento hipnótico. Freud então percebe que o inconsciente se constitui a partir da falta, ou seja, o homem está sempre em falta e deseja ter o que não tem. Desejar é uma condição para que o homem esteja no mundo. Freud conclui que a doença psiquiátrica é a falta do desejo.
   Desta forma Freud desconstroi o discurso cartesiano da racionalidade, que seria a verdade total, passando a pregar o inconsciente, ou seja, “existo onde não penso”. Sendo assim, o inconsciente de cada um é marcado por pequenas verdades, e o inconsciente é à base da vida psíquica e é onde está a verdade dos homens, Freud traz a loucura para o estatuto da verdade.
    O período pós-guerra se tornou referência para os projetos da reforma psiquiátrica contemporânea, atualizando críticas e reformas da instituições asilares. 
    Devido à mobilização da população contra o hospital psiquiátrico chamado de manicômio, associado a uma câmara de torturas, com supressão da liberdade de expressão individual de pessoas originais; os médicos psiquiátricos foram associados a torturadores e agentes do sistema anti-direitos de cidadania, foi criado então, um conjunto de reformas, denominadas como Psiquiatria Reformada para a reformulação desses manicômios4.


      A Psiquiatria Reformada foi organizada devido aos itens subseqüentes: as comunidades terapêuticas, a psiquiatria de setor, a psiquiatria preventiva ou comunitária, a antipsiquiatria, e a psiquiatria democrática italiana.
     As comunidades terapêuticas tiveram início no pós-guerra (1959), na Inglaterra. É iniciada devido às péssimas condições dos hospitais psiquiátricos e a pressão exercida pela população que não tolerava mais lembranças dos campos de concentração nazistas. Os objetivos dessas comunidades foram: 
- Recuperação da mão de obra invalidada pela guerra (danos psicológicos, físicos e sociais); 
- Transformação do doente mental pelo trabalho; 
- Promoção de sua re-socialização pela integração em grupos de discussão e de atividades; 
- Aperfeiçoar a comunicação entre hospital e comunidade externa demonstrando ser possível o tratamento de alguns doentes fora do manicômio (aproximação contra a segregação)1.
    
     A psiquiatria de setor inicia-se na França no pós-guerra como movimento de contestação ao modelo asilar e como forma de desonerar os cofres públicos. Priorizou o tratamento do paciente em sua própria comunidade dividindo territórios em setores geográficos, onde cada setor tinha uma equipe de técnicos responsáveis pelo tratamento, prevenção e a pós cura dos doentes mentais. A função do hospital psiquiátrico era auxiliar o tratamento nos momentos de crise (internação)1.
      A psiquiatria preventiva ou comunitária nasceu nos EUA em 1955 após censo que denunciava as péssimas condições da assistência psiquiátrica. O presidente Kennedy assina um decreto que redireciona os objetivos da psiquiatria que passa a ser a redução da doença mental nas comunidades inaugurando um novo território para a psiquiatria: de doença mental para a saúde mental. Buscava a prevenção de doenças mentais através de sua detecção precoce (prevenir e erradicar os males da sociedade); procurava conhecer hábitos, identificar vícios, mapear aqueles com vida desregrada. A busca era feita através de questionários distribuídos a população e seu resultado indicava os candidatos ao tratamento psiquiátrico. 

Existiam três níveis de prevenção: Primário, intervenção nas condições possíveis de formação da doença mental; Secundário, intervenção que busca a realização de diagnóstico e tratamento precoce da doença mental; Terciário, busca pela readaptação do paciente à vida social após sua melhora1.
        
A antipsiquiatria surgiu na década de 60 na Inglaterra, iniciada por psiquiatras influenciados pelo movimento “underground” (pacifismo, misticismo, movimento hippie). As referências culturais destes profissionais eram as obras de Foucault, a sociologia e a psicanálise e sua principal crítica eram relacionadas a cronificação causada pelo asilo, a ordem social e familiar. Foi a primeira crítica radical ao saber médico psiquiátrico e denunciava a prática vigente. 

A loucura é vista por eles como um fato social e não patológico: o louco é vítima da alienação geral tida como norma e é segregado por contestar a ordem pública. O tratamento da loucura não prevê tratamento químico ou físico e deve ser feito através do discurso (delírio)1.
      
      A psiquiatria democrática italiana teve início na década de 60 no manicômio de Gorizia, com um trabalho de humanização do hospital desencadeado por Franco Basaglia. Foi um confronto ao hospital psiquiátrico, ao modelo de comunidade terapêutica inglesa e a política de setor francesa, mas conserva destas, o princípio de democratização das relações e a idéia de territorialidade. Basaglia vai para Trieste em 1971 onde dá início a um processo de desmontagem do aparato manicomial e da constituição de novos espaços e formas de lidar com a loucura: 
- Foram construídos sete centros de saúde mental: um para cada área da cidade abrangendo de 20 a 40 mil habitantes com funcionamento 24 horas, sete dias da semana; 
- Foram abertos residências para usuários, algumas vezes para morarem sós ou acompanhados por técnicos ou voluntários; 
- Organizaram cooperativas de trabalho: espaços de produções artísticas, intelectuais ou de prestação de serviços; 
- Abriram o Serviço de Emergência Psiquiátrica com leitos interligados em rede com as residências, centros de saúde e cooperativas: primeira noção de rede assistencial. Em 13 de maio de 1978 foi aprovado o projeto de lei que revoga a legislação psiquiátrica anterior de 1904 e reconhece o movimento da Psiquiatria Democrática (Lei Basaglia)1.
    No entendimento da Reforma Psiquiátrica, o portador de sofrimento mental passa a ser considerado um sujeito, portanto, não se trata de enquadrar o portador de sofrimento mental aos padrões socialmente aceitos, mas pensar a cidadania em termos que considerem aspectos particulares e singulares de cada caso5.

Exige que, de fato haja um deslocamento das práticas psiquiátricas para práticas de cuidado realizadas na comunidade. A questão crucial da desinstitucionalização é uma “progressiva devolução à comunidade da responsabilidade em relação aos seus doentes e aos seus conflitos”. O que se espera da reforma psiquiátrica não é simplesmente a transferência do doente mental para fora dos muros do hospital, “confinando-o” à vida em casa, aos cuidados de quem puder assisti-lo ou entregue à própria sorte.    
Espera-se, muito mais, o resgate ou o estabelecimento da cidadania do doente mental, o respeito a sua singularidade e subjetividade, tornando-o sujeito de seu próprio tratamento sem a idéia de cura como o único horizonte assim, a autonomia e a reintegração do sujeito à família e à sociedade. 
Espera-se que a superação das contradições impulsione um progressivo movimento de transformação da práxis dos profissionais da saúde e dentre estes especialmente a enfermeira / o enfermeiro de saúde mental para que se alie a família que cuida do doente mental ajudando-a no cuidado de si e dos doentes mentais. 
Essa mudança trouxe a idéia de clinica como pratica que busca um novo lugar para a loucura, com menos rigidez e que retira a clinica da Saúde Mental de sua tradicional função de controle social3,5.

Conclusão
Os portadores de sofrimento mental sempre existiu. Em diferentes épocas, foram admirados, temidos, torturados, ridicularizados, porém quase nunca curados
Na construção do estudo sobre a trajetória da loucura, chegando a Reforma Psiquiátrica, concluímos que necessitamos de explorar profundamente este fato histórico para o desenvolvimento das práticas de saber lidar com o “outro”.
A oportunidade de conhecer o nascimento da Psiquiátrica, possibilita atuar nos ajustes e inserção do doente mental na sociedade e no auxílio da família, durante a reintegração social.
Concluímos que a Reforma Psiquiátrica foi um processo que passou por muitas transformações, mas que cresce para um lado bem positivo para os portadores de doença mental, pois esta na tentativa de dar ao problema mental uma outra resposta social e não mais asilar. 
Os objetivos estão sendo alcançados ainda que haja muito por fazer. Entendemos que a equipe de saúde não podem se colocar à margem desse processo de mudança. Isso implica inclusive na coragem em sistematizar e refletir teoricamente sobre a prática dos profissionais e os instrumentos que estamos construindo para lidar com a loucura no cotidiano.

Referência

1. AMARANTE Paulo, Loucos pela Vida: A Trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil, Ed. Fiocruz, 2ª edição, Rio de Janeiro, 1998.

2. DESVIAT Manuel, A Reforma Psiquiátrica, Ed. Fiocruz, Rio de Janeiro, 1999.

3. GONÇALVES, A. M.; SENA, R. R. A reforma psiquiátrica no Brasil: Contextualização e reflexos sobre o cuidado com o doente mental na família. Rev. Latino-am Enfermagem 2001 março; 9 (2): 48-55.

4. SCHNEIDER Iraci, O Uso político da psiquiatria: a luta anti-manicomial, MidiaSemMascara.org, 2005.

5. SILVEIRA Lia C., BRAGA Violante A. B., Rev. Latino-Americana de Enfermagem, vol.13, n.4, Ribeirão Preto, 2005.

terça-feira, 31 de julho de 2012

VILÕES RESPONSÁVEIS PELA PERDA DO CÁLCIO


Como evitar a perda do cálcio no organismo

Os maiores responsáveis pela perda de cálcio através da urina, fezes e suor, são: o sal, a cafeína, o tabaco, as bebidas alcoólicas e a falta de exercício físico.

- As bebidas alcoólicas em excesso enfraquecem o tecido ósseo porque reduzem a capacidade do corpo para produzir novo tecido ósseo para repor as perdas deste. 
- O tabaco favorece a perda de cálcio e expõe os fumantes a um maior risco de fratura óssea. A nicotina compete com o organismo na absorção de cálcio, pois inibe a produção de osteoblasto, que é responsável pela síntese de componentes orgânicos na matriz óssea.
Evitar a perda de cálcio é uma das metas da boa saúde, praticar exercício físico e se alimentar adequadamente são as dicas da nutricionista. A atividade retém o cálcio e ajuda a fortalecer os ossos. E na hora de se alimentar, lembrar sempre de ingerir poucos alimentos processados, que costumam ser ricos em fósforo que inibem a absorção do mineral. Nesta lista estão refrigerantes, carnes, molhos, conservas, pães e massas.

Alimentos ricos em Cálcio:
Laticínios: Os produtos lácteos são ricos em cálcio de uma forma que é facilmente digerido e absorvido pelo organismo. As fontes incluem leite, iogurte e queijo.

Legumes e verduras: Muitos vegetais, especialmente os de folhas verdes, são ricas em fontes de cálcio: mostarda, couve, couve, alface, aipo, brócolos, erva-doce, repolho, abobrinha, feijão verde, couve de Bruxelas, espargos e cogumelos.Feijão: Por uma outra fonte rica de cálcio, tente feijão preto, feijão, feijão branco, e ervilhas.

Ervas e temperos: Manjericão, erva tomilho, canela, folhas de hortelã-pimenta, alho, orégano, alecrim e salsa.

Outros alimentos: boas fontes de cálcio incluem salmão, tofu, laranjas, amêndoas, sementes de gergelim, melaço, e algas marinhas. E não se esqueça de alimentos enriquecidos com cálcio, tais como cereais e suco de laranja.


Curiosidades:
Café: Misturar essa bebida com leite pode não ser tão indicado, dependendo das proporções de café e leite em sua xícara. A cafeína, presente no café, tem efeito diurético, o que faz com que o cálcio seja eliminado pela urina. A quantidade de café ingerido ao dia deve ser inferior a 300mg, o que equivale a três xícaras médias da bebida, aproximadamente.
Refrigerante: Essa bebida é rica em fósforo, que inibe a absorção de cálcio pelo corpo. O fósforo aumenta a liberação do paratormônio, hormônio que controla a quantidade de cálcio que temos nas células e nos ossos.
Chocolate: Além de ter cafeína, o chocolate conta com o ácido oxálico que, como dito anteriormente, aumenta a eliminação de cálcio pelas fezes. A quantidade de cafeína é a mesma, independente da quantidade de cacau. O chocolate ou achocolatado em pó adicionado ao leite tem o mesmo efeito

Fonte: http://www.fundaffemg.com.br/detalhe_suasaude.asp?id=81

domingo, 15 de julho de 2012

MENINGITES

MENINGITE

Significa inflamação das meninges que são membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Etiologia:  bactérias, vírus ou fungos.

As meningites têm distribuição mundial e sua expressão epidemiológica depende de diferentes fatores, como o agente infeccioso, a existência de aglomerados populacionais, características socioeconômicas dos grupos populacionais e do meio ambiente (clima).
De modo geral, a sazonalidade da doença caracteriza-se pelo predomínio das meningites bacterianas no inverno e das meningites virais no verão.

Foto: Estrutura do sistema nervoso e LCR
(Fonte: GEOCITIES, 2007)
disponível em: http://arquivo.fmu.br/prodisc/farmacia/avs.pdf

Foto: Meninges
(Fonte: DRAUZIOVARELLA, 2007)
Disponível em: http://arquivo.fmu.br/prodisc/farmacia/avs.pdf

MENINGITE BACTERIANA

O QUE É?
Doença contagiosa, causada por bactérias, caracterizada pela Infecção aguda das meninges. O Haemophilus influenzae (hemófilos); Streptococcys Pneumoniae (pneumococos),: 20-30% óbito, 50% seqüela; Neisseria meningitidis (gonococos): 10-15% evolução desfavorável; estas bactérias são responsáveis por 80% dos casos, seguidos pela Mycobacterium tuberculosis (complicação da infecção tuberculosa)L. monocytogenes (2% a 8%.), as Bactérias gram negativos, Streptococcus e S. aureus causam meningite em grupos ou situações mais específicas. A meningite bacteriana é muito mais grave do que a meningite viral

Foto: Bactéria meningocócica
(Fonte: MENINGITISSUK, 2007)
Disponível em: http://arquivo.fmu.br/prodisc/farmacia/avs.pdf

Foto: Meningite pneumocócica
(Fonte: BROWN, 2007)
Disponível em: http://arquivo.fmu.br/prodisc/farmacia/avs.pdf
 COMO É TRANSMITIDA?
Pelo contato direto pessoa a pessoa, através das vias respiratórias (gotículas da fala, tosse, espirros, com secreção da nasofaringe infectada se contato íntimo (menor de 1 metro de distância com o infectado)  para contatos residentes da mesma casa, pessoas que compartilham o mesmo dormitório ou alojamento, comunicantes de creche ou escola, companheiros ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente.
 Foto: Infecção por Streptococcus pyogenes

(Fontes: LIB, 2007; MJA, 2007) 
Disponível em: http://arquivo.fmu.br/prodisc/farmacia/avs.pdf

COMO SUSPEITAR DA DOENÇA?
Rigidez na nuca (rigidez da musculatura do pescoço em 80% dos casos), febre alta, dor de cabeça intensa, vômitos em jatos, petéquias ou púrpuras, Convulsão: 25-30% dos casos.
Quando o paciente com meningite chega ao hospital com pressão muito baixa (choque), convulsões (ataques) ou confusão mental muito grave, é sinal de que é uma forma grave da doença que pode apresentar letalidade alta.

COMO PREVENIR?
Higiene das mãos com água e sabão. Vacinação: Verificar o esquema da vacina Haemophilus influenzae tipo b (Hib), conjugada com a DTP (difteria, tétano e coqueluche), 3 doses em menores de 1 ano, no 2º, 4º e 6º mês de vida, encontrada na Rede Pública; controle dos contatos dos indivíduos infectados, esclarecimentos sobre a doença, profilaxia com antibióticos para os comunicantes.
O paciente com meningite bacteriana deve ser isolado por sete dias a partir do início do tratamento com antibióticos, que devem ser  administrados por via venosa por um período de 7 a 14 dias, ou mais, dependendo da evolução clínica e do agente etiológico.
O uso de máscaras e a profilaxia com antibiótico podem prevenir a meningite das pessoas que estiverem em contato próximo a um paciente que esteja com a infecção.
EPIDEMIOLOGIA: É doença de Notificação Compulsória para os Casos Suspeitos e Confirmados é IMEDIATA (disque notifica: 0800-644-6645)

Foto: Cérebro com meningite purulenta por Haemophilus influenzae
(Fonte: WIKIPEDIA, 2007b)
Disponível em: http://arquivo.fmu.br/prodisc/farmacia/avs.pdf

MENINGITE VIRAL

O QUE É?
Doença contagiosa, causada por vírus, caracterizada pela Infecção aguda das meninges (revestem o cérebro e a medula espinhal). Geralmente benigna. Raramente grave e fatal.
Enterovírus (Vírus que tem a propriedade de se localizar no tubo digestivo) causa cerca de 80% dos casos. Outros agentes: vírus da caxumba, HIV, Epstein Barr, Vírus herpes e Varicela Zoster.

COMO É TRANSMITIDA?
A transmissão pelos enterovírus é tipicamente fecal-oral e o período de incubação é de 3 até 6 dias. Quando uma pessoa se contamina com um enterovírus em geral por alimentos contaminados, o vírus se multiplica e atinge o sistema nervoso central via corrente sanguínea.
No caso da transmissão respiratória, ocorre com o vírus da caxumba, (o vírus causa infecção de orofaringe com contaminação de gânglios nervosos regionais e posterior progressão para o sistema nervoso central) entre outros.

COMO SUSPEITAR DA DOENÇA?
Cefaléia, febre baixa e fotofobia (intolerância a luz), Vômitos e rigidez, dor abdominal, dores pelo corpo, cansaço e fraqueza, dor na perna durante a posição deitada quando a mesma é levantada (O movimento de levantar as pernas estira as meninges inflamadas causando dor), apesar dos sinais e sintomas ocorre um bom estado geral

COMO PREVENIR?
Higiene das mãos com água e sabão. Evolução espontânea sem tratamento em 3 a 8 dias na maioria dos casos, sem deixar seqüelas.
Os casos podem ocorrer isoladamente, embora o aglomerado de casos (surtos) seja comum. Indivíduos de todas as idades são suscetíveis. Os casos de internação são excepcionais, apenas para evitar a desidratação provocada pelos vômitos, diminuir a cefaléia e melhorar as condições gerais.
O paciente com meningite viral deve ser isolado por sete dias a partir do início dos sintomas.
EPIDEMIOLOGIA: É doença de Notificação Compulsória (Casos Suspeitos e Confirmados)

MENINGITE FÚNGICA

O QUE É?
A Meningite fungica é relativamente rara. As meningites causadas por fungos podem ocorrer como infecções oportunistas ou surgir em hospedeiros imunocomprometidos (diabetes, doença maligna, terapia iminossupressora ou AIDS).
Os agentes patológicos habituais são: Cryptococcus neofarmans, Coccidioides immitis, Candida albicans, Aspergillus spp, Histoplasma capsulatum, Blatomyces e Mucor spp. A meningite crônica pode ser causada por fungos dos gêneros Coccidioides e Candida.

COMO É TRANSMITIDA?

 
Os fungos encontram-se no ar atmosférico em suspensão tendo uma densidade menor do que a do ar. Seus poros estão em constante movimento provados pela força do ar, podendo então ser inalados e também ingeridos ao alcançarem a corrente sanguínea se não debelados antes pelo sistema imune, podem acometer vários órgãos do corpo humano inclusive o sistema nervoso central. O comprometimento pulmonar pode anteceder, em anos, ao acometimento cerebral.
No sistema nervoso central espalham-se rapidamente através do líquor causando reações inflamatórias importantes no cérebro
COMO SUSPEITAR DA DOENÇA?
Reação inflamatória contínua e crônica no espaço subaracnóide e a fibrose aracnóide pode causar hidrocefalia; a endarterite obliterativa pode resultar em isquemia ou infarto do encéfalo que depende da artéria ocluída, com resultado catastrófico como na oclusão da artéria espinhal anterior. Cefaléia frontal,  náuseas e vômitos.

COMO PREVENIR?
Até o momento, não existem medidas preventivas específicas, a não ser atividades educativas com relação ao risco de infecção. Medidas de controle de proliferação de pombos devem ser implementadas. Assim, nas áreas com grande numero de pombos, deve-se diminuir a disponibilidade de alimento, água e, principalmente, abrigos, visando reduzir a população. Os locais com acúmulo de fezes destas aves devem ser umidificados para que os fungos possam ser removidos com segurança, evitando a dispersão por aerossóis. Não há necessidade de isolamento dos doentes. As medidas de desinfecção de secreção e fômites devem ser as de uso hospitalar rotineiro.
- EPIDEMIOLOGIA: Não é doença de notificação compulsória. A investigação deve buscar sua associação a imunodeficiência, bem como implantar as medidas de controle disponíveis.

Referências:

BRASIL, FUNASA – Fundação Nacional de Saúde, Guia de Vigilância Epidemiológica, 5ª edição, Brasília, 2002

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica, Doenças Infecciosas e Parasitárias, GUIA DE BOLSO, 6ª edição, revista Série B. Textos Básicos de Saúde, Brasília, 2006.

CIMERMAN, Benjamim; CIMERMAN, Sergio, Condutas em Infectologia; Editora Atheneu, São Paulo, 2004

MARTELLIL C. M. T., STEFANIL  M. M. A., PENNALL  G. O., ANDRADEL  A. L. S.S., Epidemias e epidemias brasileiras, desafios e perspectivas de investigação científica, Rev. Brasileira de Epidemiologia, vol.5,  no.3,  São Paulo, Dez. 2002

Endereços eletrônicos:

sábado, 7 de julho de 2012

MOTIVAÇÃO


20 dicas para alcançar o sucesso
 

MUITA MOTIVAÇÃO SEM AÇÃO = A FRUSTRAÇÃO!

Uma pitada de sorte, muito suor, investimentos permanentes na carreira e uma dose cavalar de autoconhecimento: esses são os ingredientes para construir o sucesso profissional. Entre já para o time dos vencedores que se conhecem, se gostam e tiram o melhor das oportunidades e experiências para abrir novos caminhos. 

20 dicas para que isso ocorra de uma forma mais consciente.

1- SEJA ECLÉTICO (A)
Especializar-se é importante, mas, para se dar bem, o(a) profissional precisa ser capaz de lutar em várias frentes. Encare as tarefas diferentes como crescimento e deixe o "isto eu não faço" para quando tiver um cargo mais alto e maior poder de barganha e decisão.

2 - NÃO SE ACOMODE
Se você está há mais de dois anos na mesma “vidinha”, e mesmo com um bom salário, e não busca mais nada, cuidado: para o mercado, você pode ser visto (a) como acomodado(a) e como alguém que não almeja crescimento. Procure colocações, pesquise, compare seus métodos com os de outros colegas. Essa "investigação" vai lhe trazer parâmetros mais exatos, mais acertados do que aqueles percebidos em seu próprio ambiente.

3 - SEJA ÉTICO(A)
Está nos jornais e na TV: o mercado é corruptível, e existem pessoas que fazem qualquer negócio para conseguir o que querem, inclusive abrir segredos profissionais para a concorrência ou "roubar" clientes e futuros prospectos dos parceiros de negócio. Esse tipo de atitude é indesculpável e a reação do mercado a ela é implacável: provavelmente, as oportunidades se fecharão para você e amizades se desfarão. Faça jus à confiança que recebeu e preserve seu bom nome a qualquer preço.

4 - JUNTE-SE À LINHA DE FRENTE
Existem basicamente três perfis de pessoas: as que fazem, as que mandam fazer e os "engenheiros de obra feita", que só criticam ações alheias. Se você está neste último time, fuja daí correndo. Seja um agente das mudanças, seja criativo e solidário. Vá atrás, observe mais e critique menos. Seja construtivo (a) e aprenda.

5 - CONHEÇA SEU AMBIENTE
Essa atitude "investigativa" é essencial para avaliar com objetividade suas possibilidades de ascensão e sucesso, próximas e futuras. Seja um pouco enxerido(a): que faz fulano para "se dar" tão bem? O que a empresa valoriza? Para quem destina o produto ou serviço? Esse exercício vai ajudá-lo(a) a identificar o melhor caminho a seguir e orientar seu crescimento.

6 - INVISTA EM SUA CARREIRA
Conhecimento
não ocupa espaço. Estude idiomas, procure cursos, pós-graduação, especializações, reciclagens, workshops. Não espere que a empresa atenda a suas necessidades ou antecipe seus desejos. Vá à luta. Fale com seu mentor, mostre os benefícios que esse aprimoramento trará e se for o caso, invista seu tempo, e talentos para obter o resultado desejável. Invista em você mesmo(a), e se for o caso, financie ou negocie esse custo. Mas muito cuidado, não se endivide. De o passo do tamanho de seu bolso e interesses. Pese tudo com muita objetividade e honestidade.

7 - APOSTE EM VOCÊ COMO PESSOA

Não há como construir um(a) vencedor(a) se você se vê como um fracasso pessoal. Procure fazer o que gosta, dentro e fora do trabalho. Você vai se sentir mais feliz e lidará melhor com a frustração e aquele sentimento de improdutividade que às vezes bate. Não desanime: olhe a sua volta e alimente- se dos resultados que colheu, por menores que sejam.

8 - INVESTIGUE O MERCADO
É preciso ter uma visão abrangente dos rumos que sua atividade e o mundo estão tomando, ver o que acontece em sua área de atuação nos outros países. É muito comum encontrar pessoas decepcionadas com mercados saturados, que batalham para criar um diferencial quando já deviam estar realizadas. Para evitar decepções, tente conciliar as perspectivas com suas habilidades e desejos para que sua carreira lhe traga, além de sucesso e reconhecimento, satisfação pessoal.

9 - AVALIE AS MUDANÇAS COM OBJETIVIDADE
Se você é aquele tipo de pessoa que busca garantias para aceitar uma promoção, por exemplo, sua carreira tende a empacar. Assuma os riscos de suas decisões, até porque, numa troca de empresa, não há como prever como será sua adaptação ao ambiente e cultura novos, por melhores que eles sejam. Lembre-se: como na loteria, só tem chance de ganhar quem aposta. Se for o caso, não tenha medo de trocar ou de trabalhar em tempo integral, no que realmente fará a diferença em sua vida. Saiba avaliar isso com precisão e é bom, em alguns casos, buscar orientação em quem você confia ou que realmente está interessado em sua vitória.

10 - LEIA MUITO
E de tudo. Num mundo globalizado, saber o que acontece a nossa volta é obrigatório. Trafegar com desenvoltura por assuntos variados e sobre especificidades de sua área vai contar pontos a seu favor.

11 - SAIBA SE VENDER
Um bom marketing pessoal abre muitas portas. É importante que você transmita a importância daquilo que fez e como faz, para si e para o mercado de trabalho, com confiança. Cuidado apenas para não aparecer exibido(a): seja objetivo(a) ao ressaltar seus, pontos "positivos", conquistas e descobertas. O resto é decorrência disso.

12 - FOCALIZE OS OBJETIVOS NÃO OS EMPECILHOS
Quando as coisas se enrolarem, concentre-se no resultado e pare de perder tempo justificando os erros ou percalços do processo. Afinal, eles acontecem com todas nós praticamente o tempo todo. Reclamar é sabidamente um modo de perder tempo.

13 - MANTENHA-SE MOTIVADO(A) E ESTIMULE OS COLEGAS
Um certo desânimo de vez em quando é normal, desde que não vire regra. Muitas vezes, a insatisfação é provocada por algum processo desgastante que faz o objetivo parecer inexeqüível. Um bom papo competente ajuda e novos desafios resgatam sua motivação e estimulam toda a equipe a apontar-lhe novos caminhos.

14 - FAÇA UMA AUTO ANÁLISE
O(A)s profissionais que minam suas chances de sucesso geralmente não se conhecem, duvidam da própria capacidade e "travam" por medo e ansiedade. Se você se sente assim, é o momento de parar e pensar sobre o que a empresa e aqueles que “dependem” de tua atitude esperam de você e acima de tudo, o que você deseja da vida. O auto conhecimento é um processo contínuo, fundamental para construir o sucesso.

15 - ESPELHE-SE NOS VENCEDORES
A turma que vive cochichando sobre os insucessos alheios deve ser evitada bem como aqueles que tem “dor de cotovelo” do real sucesso de outros e vivem falando “isso ou aquilo”. Espelhe-se no exemplo das pessoas que, mesmo não ocupando cargos de chefia, agem como vitoriosas e realizam-se a cada conquista. Em decorrência, ascendem profissionalmente. Pense sempre grande.

16 - NÃO FUJA DOS DESAFIOS
Ao deparar com uma tarefa difícil, uma promoção, um novo “pin”, a tendência de boa parte das pessoas é fugir da raia. Que tal um pouco mais de autoconfiança? Se a empresa ofereceu-lhe a incumbência, é porque acredita em sua capacidade. O mesmo vale para uma nova retomada de decisão, uma nova arrancada: agarre a oportunidade e mostre a que veio.

17 - TRACE UM OBJETIVO DE VIDA
Objetivo é aquilo que pode ser quantificado, tem prazo para acontecer, envolve planejamento e escolha. Se você ficar apenas no plano do desejo ("quero ser realizada"), provavelmente desperdiçará boas oportunidades e não conseguirá direcionar sua energia e talento. Concentre-se na meta e, faça sempre uma reavaliação. Reavalie suas medições, e lembre-se “aquilo que não medimos, não poderemos controlar”.

18 - SEJA COMPETITIVO. A FÉ DE QUE TUDO DARÁ CERTO, É FUNDAMENTAL.
Profissionais que se desconectam do mercado acabam vinculando seu sucesso à permanência na empresa onde estão. Pessoas bem sucedidas "funcionam" em qualquer lugar e não acreditam sua ascensão apenas a uma única estrutura. Sempre tenha novas estruturas funcionais, nunca dependa apenas de uma. Capitalize suas iniciativas e invista na educação contínua. V.V. Rien certa vez disse: “o aperfeiçoamento é conseqüência do fazer” Então, não tenha medo, pois essa bagagem ainda terá validade em novas lutas, em outras situações. Essa é uma ótima tática para praticar a independência e a autoconfiança.

19 - CONSTRUA UMA BOA REDE DE CONTATOS
Se você não quer passar por interesseiro(a), daquelas que só telefonam quando precisam, mantenha-se em contato com as pessoas. Família, amigos, conhecidos do trabalho, etc, e são eles que vão lhe trazer novas referências e abrir portas inesperadas.

20 - ASSUMA O CONTROLE DE SUA CARREIRA
Quem quer crescer não entrega o destino nas mãos de outra pessoa. A estratégia para dominar o crescimento é juntar em sua atividade o que você quer (desejo) e o que precisa (objetivo) com aquilo que o mercado oferece de melhor. Dominar esse processo significa mais chances de vencer e, principalmente, menos frustração. Mas nunca desiste, de tempo ao tempo.

 Fonte: http://dowright.com/ 


 

terça-feira, 26 de junho de 2012

OFERTA DE PRÉ-NATAL - Ministério da Saúde

REDE CEGONHA

Saúde amplia oferta do pré-natal em 1.389 municípios

Estão sendo repassados R$ 28 milhões para ampliação da oferta de exames do pré-natal e para aquisição de teste rápido de gravidez
O Ministério da Saúde autorizou o repasse de R$ 28,08 milhões, em parcela única, para que 1.389 municípios, de 24 estados, ampliem a oferta de exames do componente pré-natal e adquirem testes rápidos de gravidez. A estimativa é que mais de 557 mil gestantes sejam beneficiadas com os novos exames e mais de 523 testes sejam realizados. A lista dos municípios beneficiados pode ser conferida na portaria nº 1.222 publicada em 14/06/2012.  
“Essas medidas buscam garantir acolhimento e captação precoce da gestante, além de ampliar o acesso aos serviços de saúde e melhorar a qualidade do pré-natal”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele ressalta que o diagnóstico rápido permite à mulher iniciar o pré-natal, assim que a gravidez seja confirmada.
A coordenadora da área técnica de Saúde da Mulher, do Ministério da Saúde, Esther Vilela, destaca as vantagens do teste rápido. “Ele apresenta o resultado cerca de cinco minutos após a coleta da urina, já o tradicional demora de um a cinco dias para a entrega do resultado”, explica a coordenadora. Segundo ela, o teste rápido também é importante para as adolescentes que procuram as unidades de saúde. “É uma oportunidade para que a equipe de saúde converse e oriente estas adolescentes”, observa ela. “Caso o resultado do teste seja negativo, a equipe deverá encaminhar a paciente ao planejamento reprodutivo e reforçar a orientação sobre o uso de métodos contraceptivos”, acrescenta a coordenadora. 
Para a ampliação dos exames foram destinados R$ 27,7 milhões e, aos testes rápidos de gravidez, R$ 301,3 mil. Este tipo de exame foi inserido no SUS por meio da Rede Cegonha, assim como os testes rápido de sífilis e HIV. São ofertados 23 exames do componente pré-natal, deste total, 14 foram acrescidos com a Rede Cegonha.
Esses serviços estão garantidos pela estratégia Rede Cegonha, lançada no ano passado. Todos os estados já aderiram à estratégia, que consiste em uma rede de cuidados com o objetivo de assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo, bem como atenção humanizada durante a gravidez, o parto e após o nascimento do bebê. A rede também prevê que as crianças tenham o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.
Pré-natal – Dentre as ações previstas do componente pré-natal, está o acolhimento às intercorrências na gestação; acesso ao pré-natal de alto de risco; realização dos exames de pré-natal de risco habitual e de alto risco; acesso rápido aos resultados; vinculação da gestante - desde o pré-natal - ao local em que será realizado o parto; implementação de ações relacionados à saúde sexual e reprodutiva; além de prevenção e tratamento das DST/HIV/Aids e Hepatites.
Com a Rede Cegonha, já foi possível avançar no acesso às consultas de pré-natal. Em 2011, mais de 1,7 milhão de mulheres fizeram, no mínimo, sete consultas pré-natais.

Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/5614/162/saude-amplia-oferta-do-pre_natal-em-1.389-municipios.html
Por Tinna Oliveira, da Agência Saúde

REDE CONGONHA

GESTANTES
Saúde destina R$ 41,19 milhões para Rede Cegonha no MS

Os recursos são para custeio de cinco centros de Parto Normal e cinco casas da Gestante, Bebê e Puérpera, além de ampliação e qualificação de 285 leitos  
O estado do Mato Grosso do Sul receberá R$ 41,19 milhões para as ações previstas na Estratégia Rede Cegonha.
O valor é destinado ao custeio de cinco Centros de Parto Normal e cinco Casas da Gestante, Bebê e Puérpera, além da ampliação, habilitação ou qualificação de 285 leitos. Lançada no ano passado, a estratégia fortalece um modelo de atenção que vai do reforço do planejamento familiar à confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal, parto, pós-parto, até os dois primeiros anos de vida da criança.
Do total de recursos, R$ 11,5 milhões, que são referentes ao mês de maio, já estão sendo repassados. “Este montante vai permitir que o estado qualifique e amplie a rede de assistência à mulher e ao bebê”, destaca a coordenadora da área técnica da Saúde da Mulher, Esther Vilela.
A portarianº1.268publicada no Diário Oficial da União, aprova a primeira etapa do plano de ação da Rede Cegonha em municípios que compõem as regiões prioritárias do Mato Grosso do Sul. São eles: Campo Grande (R$ 25,72 milhões), Corumbá (R$ 3,96 milhões), Dourados (R$ 9,08 milhões), Nova Andradina (R$ 3,90 milhões) e Três Lagoas (R$ 2,48 milhões). “O plano define os primeiros passos para a implantação da Rede Cegonha no estado e tem a participação ativa do Governo Federal, estados e municípios”, explica a coordenadora.
Serão ampliados ou habilitados 48 leitos de Gestação de Alto Risco, 33 leitos de UTI Neonatal tipo II, 45 leitos de UCI Neonatal e 32 leitos Canguru. Também serão qualificados 26 leitos de Gestação de Alto Risco; oito leitos de UTI Adulto tipo II; 13 leitos de UTI Adulto tipo III; 24 leitos de UTI Neonatal tipo II; sete leitos de UTI Neonatal tipo III; e 49 leitos de UCI Neonatal. A portaria autoriza a transferência de recursos do Fundo Nacional de Saúde para os fundos de saúde do Estado e municípios da Rede de Assistência.
As ações previstas na estratégia Rede Cegonha visam qualificar, até 2014, toda a rede de assistência, ampliando e melhorando as condições para que as gestantes possam dar à luz e cuidar de seus bebês de forma segura e humanizada. “Temos que construir um ambiente acolhedor para que a mulher se sinta mais segura nesse momento e, para isso, é necessário a qualificação do espaço físico e a mudança das práticas”, enfatiza Esther Vilela.

Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/5821/162/saude-destina-r$-4119-mi-para-rede-cegonha-no-ms.html
Por Tinna Oliveira, da Agência Saúde – Ascom/MS

domingo, 24 de junho de 2012

Toxicomania e o Mal - Estar da Civilização

Toxicomania e o Mal - Estar da Civilização

SOARES, Márcia Maria



Este texto contempla uma reflexão sobre a dimensão do atendimento aos usuários de drogas lícitas e ilícitas no país. Diz respeito a um tema de ampla complexidade, essa reflexão pode ser estendida a toda sociedade, na medida em que a família e outras instituições, como Centros de Recuperação, igrejas e escolas representados por seus membros, têm enfrentado dificuldades para reagir frente às ocorrências vinculadas.
Todas as drogas têm em comum a capacidade de alterar o estado mental do usuário, seja proporcionando uma sensação de prazer e conforto ou reduzindo a timidez e aumentando a sociabilidade de quem a usa. Em geral, todas também causam dependência química e psicológica, transformando o usuário ocasional em viciado, que acaba dependendo do consumo da droga para manter suas atividades normais.
O álcool, o tabaco e a maconha são exemplos mais comuns de drogas obtidas diretamente de plantas. A cocaína e o crack, por exemplo, são adquiridos de uma pasta refinada a partir das folhas de coca, vegetal encontrado originalmente na América do Sul.
Outras sustâncias, como ecstasy e o LSD, são produzidas diretamente em laboratório.  Nem todas as drogas são proibidas por lei. Álcool e tabaco, apesar das crescentes restrições que vêm sofrendo na maior parte dos países, são vendidos e consumidos normalmente no Brasil. A legalidade destas drogas elimina os riscos adicionais que correm os usuários de outras drogas: a ausência de segurança.
         As demandas clínicas atuais vêm exigindo, de profissionais das mais diversas áreas, novos olhares, que possam contemplar o acirramento de alguns fenômenos, dentre eles o da toxicomania. É um fenômeno que necessita ser discutido através de uma ‘rede de saberes’, envolvendo todos aqueles que se dizem parte do contexto social. A prevenção primária, por exemplo, não deve ser realizada, apenas, através de projetos educacionais nas escolas, mas precisam envolver outros dispositivos como a família, o governo, os profissionais de saúde e a mídia.
          Entendemos que fazer prevenção não é apenas esclarecer a respeito dos malefícios do uso de uma determinada droga, mas, antes disso, é necessário um maior compromisso do poder público, da família, bem como, mais vontade dos profissionais designados para desempenhar o seu trabalho.
Os Centros de Toxicomania são instituições públicas de saúde destinada ao tratamento de pacientes dependentes de drogas lícitas e inlícitas. Possui como dispositivos de tratamento: leitos de desintoxicação e repouso, espaço de permanência-dia, atendimento individual nas áreas de enfermagem, clínica médica, psicologia e psiquiatria, além das oficinas terapêuticas. Realizam grupos de orientação as famílias dos usuários.  Além do tratamento, estes Centros desenvolvem atividades no campo do ensino, da prevenção e da pesquisa.

o         De que maneira o Enfermeiro atua nos atendimentos (prevenção, acolhimento e tratamentos) dos Centros de Toxicomania?

“O Enfermeiro está diretamente envolvido no acompanhamento do paciente na permanência dia no Leito de Repouso e Desintoxicação; na área burocrática (encaminhamentos, controle de frequência dos pacientes); Participa das reuniões clínicas e do Acolhimento, juntamente com a Equipe do PTI (Plano Terapêutico Individual) composta por Médico, Psicólogo, Assistente Social, Terapeuta Ocupacional, preparados para fazer o diagnóstico clínico: Se Psicose, ou Neurose, ou Perversão, para conduzir a terapêutica com a participação da família do paciente.

o         Especialmente nas últimas décadas, diversas pesquisas científicas tentam identificar os motivos pelo qual o ser humano recorre às drogas. Fatores como: influência dos grupos, insegurança diante da vida, necessidade de aplacar a dor ou a fome, e a busca do prazer, podem ser classificados como motivos contemporâneos?

“Através de um Banco de Dados, é possível obter o perfil epidemiológico do paciente ou usuário, pergunta-se: Porque ele faz uso da droga? Porque retornou a usar? Qualquer motivo é motivo para se usar a droga, não existe um específico.
Existem pessoas que passam pela droga e cerca de 10% não interage, não ficam, já cerca de 1% interagem, ficam na droga – talvez por terem TRAÇOS DE IDENTIFICAÇÃO com a droga, por serem mais sensíveis, busca algo para suportar o Mal-estar da própria existência.
 ‘O Mal - Estar da Civilização’
(...) “a essência mais profunda da natureza humana consiste em impulsos instintuais de natureza elementar, semelhantes em todos os homens e que visam à satisfação de certas necessidades”... (Sigmund Freud, Vol. XXI, 1930, p.75-174)

Freud em seu texto ‘O Mal-Estar na Civilização’, fala sobre a ÉTICA, e da existência de 3 (três) grandes problemas da humanidade:
1 – ‘Interpério da Natureza’ _ que com o avanço da ciência, já melhoraram muito;
2 – As ‘Doenças’ _ que com o avanço da medicina, também já têm melhorado;
3 – Este ainda está muito atrasado, que se refere ao ‘Relacionamento dos Seres Humanos’ _ estabelecemos regras, mais driblamos as regras _ como então os organizarmos para sobreviver a este mal-estar?_ Criamos a Ciência, a arte, a política, o amor. _ Porém quando tudo gira em torno de uma coisa, você vive: um fanático religioso; um xiita na política; ou uma paixão doentia por uma pessoa; então tudo gira em torno de uma droga.
Freud fala neste texto, ’ que de todas as saídas que a humanidade encontrou para lidar com o mal-estar, a mais eficaz é a substância psicoativa, que dão prazer sem o trabalho’. “Porém sabemos das complicações e conseqüências decorrentes disto.”

o         Convencer alguém a não fazer algo que lhe dá prazer, é uma tarefa delicada – e a droga, antes de qualquer outra coisa, é algo que oferece prazer imediato. Como prevenir o uso das Drogas principalmente entre os jovens?

 Os Centros de Toxomaníacos, deveria fazer a Prevenção, ensino/pesquisa e tratamento. Porém, nas regionais dos municípios, não existem outros Centros, para compartilhar este trabalho no país, só é possível centrar no Tratamento. Pratica-se a informação, mais sabemos que prevenção não é somente informação.
A prevenção tem que ser feita na comunidade e nas escolas. Os responsáveis precisam capacitar o pessoal do Programa Saúde da Família, das Unidades Básicas de Saúde, professores e membros da comunidade, em fim.
A escola precisa ficar mais sedutora, mais interessante para o jovem, para poder ganhar a briga com as drogas.
Ainda nesta época os pais não deram conta, o governo não deu conta e tudo caiu nas costas dos professores, que estão entre a ‘cruz e a caldeirinha’, e aí a violência nas escolas, agressões aos professores, está tudo dominado.
A saúde e a educação são do governo, porém eles não o fazem.
Não se acaba com a droga no mundo, porque dar lucro é o negócio mais lucrativo do planeta, estão sempre vai se inventar uma nova droga.
Se cada um dentro de casa souber construir algo de mais sólido com seus filhos, aí sim a família a pessoa tem mais chance de até passar pela droga e sair... talvez não fique.
Se a droga é uma coisa que dá prazer, a agente tem que descobrir outras coisas que dão prazer. É necessário invertemos a equação, _ na ciência tradicional você tem uma caixa preta, tem uma causa e um efeito _ Entra uma causa e sai um efeito _ entra uma DROGA e sai um TOXICOMA, e o que acontece dentro desta caixa preta? _ Na ciência atual, no novo paradigma da ciência, que já desvendou o DNA, _ existe uma rede com várias conexões _ vamos trabalhar cortando estes nós, e vão sair daí,  várias causas  no drogado, vamos intervir para que não tenha  mais drogados, como  chegamos nisto? _ Através do inconsciente, na fala, nas palavras, e é nelas que realiza-se a cirurgia _ é como um fio de cabelo esticado no horizonte, bem devagar, sem apressar, se não, a pessoa foge _ chega uma hora que você vai ter que ver se o indivíduo quer se drogar ou quer se tratar._ Em outros lugares antidrogas, vai dizer que, a DROGA é que faz o TOXICOMA, _ é necessário a inversão o TOXICOMA que faz a DROGA, é a sua relação com o objeto, é na pessoa que vamos interferir, _ Não é preciso saber qual é a droga utilizada _ devemos saber a história do sujeito _ Naturalmente quem usa uma droga que causa dependência física, temos que preocupar, mais geralmente é justamente a drogas mais usadas, o Álcool e o Tabaco _ As outras drogas que não causam dependência física que é a Cocaína, Maconha, Crak, causam dependência psíquica, nem por isto são mais fácil, porque a dependência psíquica é mais difícil de tratar que as dependências físicas, com o avanço da medicina com uma semana ocorre a desintoxicação física _ porém na dependência psíquica, como é que desintoxica a mente? Podem durar dez anos, ou mais.”

Referências
BRASIL, Ministério da Saúde, A política do Ministério da Saúde para atenção integral a usuários de álcool e outras drogas, Brasília, 2003. Série E, Legislação de Saúde.

FREUD, S. (1976), O mal-estar na civilização. In O futuro de uma ilusão, o mal-estar na civilização e outros trabalhos (edição Standard brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. XXI (pp. 75-174). Rio de Janeiro: Imago. (Texto original publicado em 1930)

MINAS GERAIS, Centro Mineiro de Toxicomania, Núcleo de Estudo e Pesquisa, Belo Horizonte, 2007. Disponível em: www.cmt.mg.gov.br (em 14/05/2008, 16:40 hrs)

Sociedade Brasileira de Toxicologia. Disponível em: http://www.sbtox.org.br